sexta-feira, abril 27, 2007

Relação de Piloto Automático Moderado

NADA DE VELOCIDADE: MOTO, CARRO - NADA QUE CAPOTE

CAMINHÃO, AVIÃO - NADA SUPERSÔNICO

APENAS UM BALÃO MÁGICO...








Este poema foi publicado no antigo endereço piasuja.zip.net que fora excluído.

quarta-feira, abril 18, 2007

FREELANCES

A ZONA FRANCA É O LUGAR ONDE AS PROSTITUTAS SÃO MAIS SINCERAS.
(dito popular)




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segunda-feira, abril 16, 2007

Em meio à tempestade... A saudade volta a ser a minha Casa de Chá...

...ELA CHORA MANSO NO JEITINHO DELA DE CHORAR...E FALA COMIGO SEM EU OUVIR A LINGUAGEM DAS ALMAS E EU FALO COM ELA SEM ELA ME ESCUTAR...






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sábado, abril 14, 2007

Cincos passos para o desamor

A desilusão é katana nas mãos de um samurai fudido: olha aí ele de novo. Relações doentes e viciosas, nada de opostos terapêuticos. O Eros desalinhado sempre volta, arregaça, acaba, escraviza. Trataremos aqui o desamor como desilusão, amor em confusão, em demasia e para diferentes alvos. Por amar demais, deixa-se de amar por estar em uma série de sentimentos embaralhados. Desilude-se. O amor precisa ser focado: é a maneira mais sensata de absorvê-lo diante da diversidade de sensações, sentimentos, pulsões e princípios. Não que este tenha que seguir em uma linha reta, porém torná-lo uma montanha russa pode-se pagar caro.
Contudo, para aqueles que desejam mudar sua rotina assim tão bruscamente, vale a pena conferir:

1. Termine o relacionamento errado: bata as portas, jogue todas as coisas pela janela, grite, diga que não está nem aí, faça as malas e vá procurar outras pra tentar esquecer: é apenas o efeito do álcool baby, espere vomitar;

2. Tenha em mente qualquer coisa que o amor teve que pegar emprestado: insanidade, dor, descaso, traição, karma, decepção e etc.;

3. Finja que esqueceu o ex-laço infernal: engane-se. Tente desesperadamente se apaixonar de novo. Encontre alguém bacana e se iluda, sonhe, esboce um futuro fantástico dentro daquilo que você não teve no antigo e determine tudo de novo que queira: perca-se, embriaga-se, pois ainda nesta terra a intenção não é a ação propriamente dita. O amor é gratuito para aqueles que se entregam ou para aqueles que ainda querem se entregar. O preço pode ser fiado. Pagando com confusões, o desamor agradece;

4. Emende um amor em outro: construa em cima do que não acabou. Paredes tortas, infiltrações. Sinta o antigo em conflito com o novo; sinta a cobrança das reações das ações que realizou. Confunda-se e sofra. Veja o que você não consegue deixar para trás: o vicio do inferno no prazer em sentir dor.
Agora veja o paraíso em sua frente. A chance de reconstruir evitando todos os erros na edificação anterior. Morra de remorso em qualquer hospício de culpa e veja o tudo e o nada que pode ter, que não sabe se quer, que não pode ter mais. As fugas não cabem mais nesse quarto passo: desespere-se;

5. Agora gere mágoas. Metralhadoras de mágoas. Pistolas de ressentimentos. Perpetue o karma. Faça a sua parte na transmissão da maldição. Porque desilusão é maldição. Você já se desiludiu, agora é hora de desiludir alguém. E aí então BEM VINDO AO DESAMOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Provavelmente algum dos lados irá cair fora por conhecer este tipo de ciclo e a frustração será só sua e afinalmente você terá algo só seu. Celebre, pois o bom do amor no desamor é a dor.

Geralmente os cincos passos para o desamor acontecem em semanas. Este é um dos métodos quase que infalível. O valor pode ser pago em parcelas cíclicas de desafeto. O diploma é entregue pela solidão e rapidamente poderá lecionar aulas onde grandes desamores serão formados. Para quem ama demais, o desamor é inevitável, então é melhor aprender antes e o mais rápido possível. Só não esqueça de deixar abertos os ciclos, assim os cincos passos para sempre serão dados e o desamor será sempre bem vindo.





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domingo, abril 08, 2007

Provocations

Ariosto Augusto trata em seu livro “A noite do galo doido” de perversas perversões: Ladrões de colarinho branco, bancários promíscuos, mulher dona de casa adultera, homem que não gosta de comer mulher de bunda magra, pois só é bom para homem de pau pequeno.
Zeca Baleiro canta em “Cachorro doido”, o animal que anda a deus dará onde qualquer ganido é bom pretexto e só a noite é que sabe que a vida não tem jeito
Caio Fernando Abreu fala em “Noites de Santa Teresa” a respeito de uma “Geni e o Zepelim” na versão travesti acariciando culhões de estivadores pelo cais e que chora bêbada em alguma esquina, cheirada e malfodida, metade Patrícia metade Luís Carlos, que fuma além da conta, tem umas febres suspeitas, sapinho na boca e acha que não dura muito.
Histórias da calada da noite, mentiras, sexo, amor sem amor, pulsões alucinadas e inconscientes descarregadas em algum vicio, virando alguma psicose. Verdadeiramente a “Vida como ela é”. A promiscuidade é uma busca frenética, uma eterna fuga e desencontro de si mesmo. A parte que se ama e que se odeia gera o que for. Uns droga, outros sexo, outros rock in roll. Se trilharmos esse caminho, perceberemos o lado fodido do amor, a sua forma enlamaçada, pois é justamente esta energia da libido que chamamos de amor é esse Eros perverso e em alguma hora vira Tânatos.
O princípio de prazer leva a uma pulsão de morte nos casos mais extremos. Fugir é se matar. Viver é morrer estando vivo. O conflito insolúvel leva a esses tipos de comportamentos. Num piscar podemos nos ver assim em graus diversos descarregando a alma despudorada, os prazeres ocultos que vencem a moral, a censura e nos tornando personagens de literatura, de música sendo algum animal doido na madrugada perdida da ilusão já desiludida. O retrato é tirado pelos sensitivos que olham os tipos de alma e as deixam na escrita, em cifras como lembrança para os atores e expectadores desse show de horrores e que não importa se com alguma ação parecida salva-se a cidade: Geni sempre será apedrejada.
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