De e para Valdir Alvarenga
Bebidas feitas do lodo da vala da balada interna, interminável som do diabo, opera do inferno, canto dos malditos. Beco dos desequilibrados, perturbados, liquidificados na dor. Dormência da consciência, crença da ciência ciente que não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Espírito Santo na piração da ação dos feitos de reação dos aflitos. Muitas vezes diabólicas, as cólicas dos vermes dos restos imortais do amor, do descaso do desamor. Dor do ventre, entre as lacunas da mente. Picos estratégicos dos abismos épicos das almas que se atiram sem sentido de estar, está lá onde caem sem tido corpo.
Libertação dos possuídos. Corpo dominado pelo próprio demo, demo de si mesmo. Perispirito errante, a esmo em busca do que há no outro desesperadamente o que não há em si. Olhos vermelhos intravermelhando olhos alheios, radar dos vampiros, cadeias de veias, sangue por todo ar. Iluminação de luz negra, pintando os espelhos das almas de preto cada corpo presente só pra se vampizirar. Droga ouro/rientaçao dos zumbis, lama dos porcos em pó, potestades da maldade usando hipnose para se vingar. Celebração das hienas, manadas de mal amadas passeando com suas prostitutas do amor. Grande teatro dos principados fazendo dos principiantes presas fáceis para aquelas que disputam para chupar. As Bacantes se enlaçam e Baco brinda com mais um contrato fechado de alma vendida. Auto-flagelo quente, mordidas e arranhões que marcam a pele e deixam sinais de que se é mais um viciado e adepto das coisas sem luz do Diabo.
3 comentários:
Réplica do Diabo:
Já que meu nome foi abertamente citado, inclusive sem o menor respeito, gostaria de deixar claro (enquanto ele acende um charuto, uma virgem vietcong lhe cai numa gulosa) que toda essa coisa de ficarem anexando as coisas mais sujas e de mal gosto a mim (ejaculando e soprando a fumaça), é das maiores hipocrisias no reino dos céus. Todos sabem, inclusive o Espírito Santo, que os prazeres e belezas terrenos pertencem a mim. Então por favor, reportem-se a mim com arte, pode ser uma pintura ou uma escultura, música (detesto sertaneja, pelo amor de Deus!), uma bela mulher, até um belo homem, porque não? Mas não, essas coisas feias não me pertencem. Desculpem os feios, mas beleza é fundamental, já disse o poeta... então (servindo-se de presunto de parma com geléia de tâmaras) deixem pro velho decrépito lá em cima as coisas de mal gosto. Eu inventei a cirurgia plástica para dar beleza aos feios, e dinheiro pra eles pagarem-na. Eu sim, sou misericordiosíssimo.
Até mais, quando você tocar seus genitais e eu lhe facilitar idéias lúbricas e prazerosas. Até mais.
Amassa e laça, aperta e socorre no meio da dor... desamor.
Mergulhar na buscad do prazer a qualquer custo, entregar-se ao demo interior ou exterior para sanar a solidão, dar-se ao carrasco para sentir prazer... poesia borbulha nesse texto...
Abs
André: www.enxurradaseca.zip.net
Postar um comentário