sexta-feira, janeiro 26, 2007

Entre uma estação e outra (um conselho rápido).


Pequena ilustração:

Clara e Clarice eram opostos divinos. Desses opostos terapêuticos em busca do bem estar perfeito. Saíram um dia desses, distraídas, com destinos certos e encontros repentinos. Clara de escuro. Clarice de claro. Era só para tomar um soverte. Para tomar um soverte mesmo. E se esbarram. E se entreolharam. Aquele sorrisinho no canto da boca de oi, aquele oi de teconheçodealgumlugar. A outra dizendo que sim com a cabeça. “Acho que já a vi antes em algum pico desses.” Mas soca esse pensamento no gavetão porque elas são várias por aí. – Mas deixa isso pra lá. Verônica ainda não me ligou.E foi exatamente num desses inferninhos qualquer da cidade (e todo inferninho qualquer da cidade são poucos e não é mais coincidência quando se quer encontrar alguém) que conferiram o acaso.Clara era amiga de Ana que conhecia Clarice por causa da outra Ana Cláudia que era uma ex ficante de Claudia cuja Ana teve um lance rápido. Claudia ex de Rita. Não a Rita do Marco, essa não. A Ritão. Clara não lembrava dela a não ser por Angelina (na qual Clara mantinha um sentimento caprichoso e sabia de Ritão por nome, pois era por quem Angelina arrastava um bonde). Angelina agora era de Deise (que ainda nutria sentimentalidades por Clara) e era por quem Ana se lamentava por ter perdido numa troca de beijos baratos numa baladas. “Ah sim, Ana! A Clarice do rolo com a Paula”.– Não besta. Essa é a Eunice. Clarice é a ex de Carol. Moça séria Clarice! Foi viajar pra Europa, ficou um tempo fora depois que Carol terminou tudo pra ficar com o Fernando. “Nossa, que barra!”. - Pelo o menos foi o que eu ouvi por ai. Não, não. Não é roteiro de “The L Word”. É a mais pura verdade. Isso é uma maldição cretina. Uma briga de cão e gato, de gato e rato de rato atrás de queijo e por aí a fora. Uma grande batata quente de desejo e quem entra na pista tem que dançar. Não pode ficar parado não. É viciante. E quanto mais você quer dançar ao passo da outra, essa quer outra, e uma outra (que você não quer) passa a querer você. Por isso fuja. Corra das pistas infernais. Das saias justas. E quando você encontra todas no mesmo lugar...? E fica fritando lá, queimando com uma série de desejos na contramão dos quereres. A maldição é perdição. A maldição do acumulo é louça suja e seca na pia e para lavar terá que ser a prazo: não dá para pagar todo o preço da balada da queimação de uma só vez. Maldição não saí assim não. Por isso não mude tão rápido de estação só porque não sintonizou direito. Ser freelancer no jogo do amor é perigoso. Só se você quiser viver na “Vida Fodona”*




(*do blog escreve escreve de Cecilia Giannetti).



Este texto foi publicado no antigo endereço piasuja.zip.net que fora excluído.

Um comentário:

Anônimo disse...

Deisoka

POrraaa.. Isa... sem coment´s ... rsrsrss ... Showwwwwww henn!!! Bjokas Minha Linda Princesa .. Ti Gostuuu!!!

26/01/2007 21:28