sábado, abril 10, 2010

Contra-dança das pedras

Credito na conta das repressões
e cada palavra necrosada
faz crescer o débito.

Suprimir e esmagar cada expressão,
dá ordem aos meus comandos.
A palavra lágrima rola
E as pedras me calam fundo.
Em cárceres de pingos d'água
Formando prisões translúcidas.
Concreto à tinta guache,
protejo as costas com luvas.

Um comentário:

Francisco Vieira disse...

pedra, cal, cimento... desse jeito as coisas se concretizam, com muita lágrima, muito desespero...