Inopinadamente debruçou-se sobre o meu caminho. Tensão branca, congelada no salão insalubre. Pouca luz, poças pelo o concreto, paredes queimadas. Fim de festa. Ela vestia uma túnica negra e se equilibrava sobre as pernas esmaecidas, olhos vencidos:
- Me tira daqui? imprimiu sufocar pelos os arredores. O lugar era estrangulador. Eu pedia clemência para a Santa dos Desvalidos.
- Levo você para onde quiser - A vontade que tinha era de segui-la pela cintura com a firmeza da minha afirmação.
Inesperada beleza como quem anda por cima das cinzas e à esquerda do beco, se depara lambendo uma parede cor de rosa: um doce de presente. Colocou as vísceras, apegada aos detalhes, se escorando na parede. Saiu, voltou, entrou no lodo e de lá, trouxe uma taça bailarina de vinho. Brindou a vida na fossa. Dançou. Disse-me sinceramente que o amor eterno era o prazo do diabo na terra e me revelou o segredo da quarta-feira de cinzas.
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