"Toda saudade desobediência..."
Ana Cristina César
Sorria para as velhas ironias,
Caso o tempo demonstre sarcasmo,
Amargo, passado, rançoso,
Pode parecer o gosto deste contato.
Talvez seja ilusão das células gustativas,
O que ganha sentido no fundo da língua
Com o tom da voz engolido.
Na memória, palavras ditas e malditas
A previsão salgada nos olhos,
O silêncio responde a calmaria aparente.
Prove tatuar mais uma vez a pele com poesia
ou eternize em uma caixa secreta
A minha caligrafia.
Guardo intenso o sorriso de um encontro
De entrelinhas com as vistas cerradas
E a alma esculpida em abertura.
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