O cheiro de trident que sai da boca dela se mistura com o cheiro de água e sabonete que sai do meu corpo e se enlaça com o cheiro do perfume que sai do corpo dela. E todos eles fazem amor forte e leve com o meu olfato. É a saliva na minha boca. É o gosto do corpo dela. É no gosto do cheiro do corpo dela que eu penso todos os dias Os dias que eu não me atraso um minuto só para sentir o que eu nunca toquei: o aroma. É a fragrância de Afrodite que penetra e embriaga a minha mente o que me remete instantaneamente a delirar no gosto. Não é mais uma mulher, é pura essência. Eu finjo que leio uma literatura qualquer e ela permanece indiferente. Eu bêbado e ela alheia. Sempre tão preocupada com os atrasos, com os papeis, com o telefone, o celular, os e-mails. Me responde um bom dia seco. Alheia que a seque tanto. Um bom final de semana sem se importar se será realmente bom ou não e sem se tocar que poderia ser melhor se ela percebesse os olhares baixos. Se ela soubesse que eu sou o único homem que a sei de cor sem saber uma vírgula do seu ser, todos os seus traços internos e externos somente pelo o amor que o nosso cheiro faz todos os dias por oito horas...ela largaria as burocracias, a indiferença e eu seria o tal perfect guy. Jazz? Um xícara de café? Um bom livro? Teatro? Cinema? Sexo? (Bom negocio!). - Could I be your man? - Yes, please. Ela me responderia como quem diz sim para mais açúcar no café.
Este texto foi publicado no antigo endereço piasuja.zip.net que fora excluído.
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