domingo, abril 08, 2007

Provocations

Ariosto Augusto trata em seu livro “A noite do galo doido” de perversas perversões: Ladrões de colarinho branco, bancários promíscuos, mulher dona de casa adultera, homem que não gosta de comer mulher de bunda magra, pois só é bom para homem de pau pequeno.
Zeca Baleiro canta em “Cachorro doido”, o animal que anda a deus dará onde qualquer ganido é bom pretexto e só a noite é que sabe que a vida não tem jeito
Caio Fernando Abreu fala em “Noites de Santa Teresa” a respeito de uma “Geni e o Zepelim” na versão travesti acariciando culhões de estivadores pelo cais e que chora bêbada em alguma esquina, cheirada e malfodida, metade Patrícia metade Luís Carlos, que fuma além da conta, tem umas febres suspeitas, sapinho na boca e acha que não dura muito.
Histórias da calada da noite, mentiras, sexo, amor sem amor, pulsões alucinadas e inconscientes descarregadas em algum vicio, virando alguma psicose. Verdadeiramente a “Vida como ela é”. A promiscuidade é uma busca frenética, uma eterna fuga e desencontro de si mesmo. A parte que se ama e que se odeia gera o que for. Uns droga, outros sexo, outros rock in roll. Se trilharmos esse caminho, perceberemos o lado fodido do amor, a sua forma enlamaçada, pois é justamente esta energia da libido que chamamos de amor é esse Eros perverso e em alguma hora vira Tânatos.
O princípio de prazer leva a uma pulsão de morte nos casos mais extremos. Fugir é se matar. Viver é morrer estando vivo. O conflito insolúvel leva a esses tipos de comportamentos. Num piscar podemos nos ver assim em graus diversos descarregando a alma despudorada, os prazeres ocultos que vencem a moral, a censura e nos tornando personagens de literatura, de música sendo algum animal doido na madrugada perdida da ilusão já desiludida. O retrato é tirado pelos sensitivos que olham os tipos de alma e as deixam na escrita, em cifras como lembrança para os atores e expectadores desse show de horrores e que não importa se com alguma ação parecida salva-se a cidade: Geni sempre será apedrejada.
Este texto foi publicado no antigo endereço piasuja.zip.net que fora excluído.

6 comentários:

Anônimo disse...

Alexandre

Parabéns pela dualidade de posições, inconstâncias e reflexões despudoradas e verdadeiras do sentimento humano primitivo.

13/04/2007 10:59

Anônimo disse...

João Domingos

Isabele o bom disso tudo é que a vida é isso e muito mais, mesmo com todos desencontros e encontros, perdas e ganhos, o fenômeno da vida se faz sempre, independente da condição e do querer de cada ser humano, cabe, no entanto, algumas provocações: Determinamos nosso destinos ou somos determinados por ele? Somos livres em nossa vontade e determinações ou derivamos a merce de nosso inconsciente? Existencialistas ou Gregos? Sartre ou Freud? Platão ou Nietzsche? Enfim vida e morte nos permeam de maneira incessante, Beijos.

12/04/2007 16:14

Anônimo disse...

SANCHES

UM NOVO DIA COMEÇA, TOMEMOS UM CAFÉ ... MAS A PIA TA SUJA ... DESVIEMOS A ATENÇAO PARA LUTA, ENCAREMOSOQUE NOS RESTA PARA ACREDITAR, ENFRENTEMOS OQUE NOS VALE DESVELAR,SEJAMOS OQUE A VIDA NOS FEZ ACREDITAR, CRIEMOS OQUE A ESPERANZA NOS FAZ GUERREAR. PELA VIDA CONTINUEMOS A DESPERTAR OQUE NUNCA NOS DEVERÁ FALTAR, QUE AS ALMAS E O CORAÇOES CONTINUEM A SE BUSCAR, Q A SOLIDAO NOS VENHA UMA OU OUTRA VEZ FAZER - NOS ELEVAR, Q A VIDA SEJA BONITA ENQUANTO DURARÁ, Q A FELICIDADE NOS ACOMPANHE PRA NUNCA NOS DEIXAR, Q O AMOR ... AH O AMOR !!! OQUE FALAR ???? QUE O AMOR ESTEJA GUARDADO PARA AMAR !!!!! TOMAMOS UM CAFÉ ??? PRA UMA NOVA VIDA COMEÇAR ?? ... MAS A PIA TA SUJA !!! ...

11/04/2007 08:18

Anônimo disse...

Deisoka

Ofereço uma rosa Aos nobres do sentir Aos ricos do viver Aos imperadores do amor. Meu Anjo ... vc é a melhor !!! Eu Ti Amooooooo .. Pretinhaaa Linda! Bjokas

09/04/2007 16:33

Anônimo disse...

Valdir

Menina, você está se revelando uma ótima crítica literária. sinto muito orgulho por você. beijo.

09/04/2007 16:13

Anônimo disse...

Rafa

A promiscuidade do ser, revela escrachadamente seu estado de espírito. Somos o que passamos, não podemos viver vidas que nunca serão nossas, devemos trilhar o caminho dos desbravadores, onde poucos habitaram... Eles talvez existivessem certos, o que somos, se não resquícios de uma era que sequer tentamos compreender??? Não importa como seremos para o mundo, mas, para nós mesmos...A bohemia, a sacanagem, é válida conforme a necessidade de quem vivencia. Não é a forma que atrai, mas, a vontade que se tem naquilo que se faz...Tudo é aceito quando o amor é a base...Amor que buscamos, por trazer a indiferença do ser, as discrepâncias de quem ama, unidas quando nada mais é importante do que o nada...ou será o tudo???

08/04/2007 23:06