Ela me deu um beijo doce. Me disse seu nome. Aquela que vem do passado, a primeira a chegar, a primeira de todas. Ela disse que já tinha ficado com o André Luiz e que tinhamos algo em comum. Ouvi dizer de uma amiga que as mulheres meigas eram perigosas e que era para se desconfiar. Não dei importância. Me disse onde morava, me disse o nome do rio que cruzava a sua casa e que nunca havia conhecido alguém que morava tão perto. Me deu outro beijo como se ainda estivêssemos nos reconhecendo. Doce. Saiu do carro, atravessou a rua. Saí também e a vi abrir a porta. Uma porta antiga de cor marrom e de onde eu estava sabia que não era sua casa. Vi uma escadaria de mármore também antiga e branca. Com um sorriso lindo, olhou para trás e eu pude ouvir nitidamente dos seus olhos que em breve eu poderia subir com ela também.
Um comentário:
o tempo de reconhecimento é bom, o desvendar a linguagem é mágico e o tempo de espera pode ser tempo de construção...
acho que estou positiva hoje.
:)
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