Para Valdir Alvarenga, poeta, mentor e amigo.
“Se passarão mil anos e eu não nasceRei.”
V.A.
V.A.
Sabia ao fundo, que a diferença do remédio para o veneno era a dose.
Aos 23 anos, tinha matado exércitos de demônios da solidão e tinha aprendido a ser às sós comigo. Quebrava as correntes do passado e me reinventava. Sentia o Vento do Reino. Trocava várias idéias com Iemanjá. E 23 vezes por dia repetia "Ao passo do passado eu já não dou mais passos"
Aos 23 já tinha naufragado por diversas vezes no mar da desilusão.
E foi o ano em que fiz mais amor com Natália B.
Descobri Marina e decorei meu vocabulário com novas palavras.
Aos 23 já sabia ler as entrelinhas e a conversar com adultos. A falar sobre astrologia. A ouvir jazz em boa companhia.
Aos 23 anos fui mais eu do que há 22 anos atrás...
3 comentários:
Adorei essa sua retrospectiva, e espero que de agora em diante vc encontre um sol ou uma lua pra iluminar o teu caminho, só te trazendo coisas boas!
Bjao
"Ninguém reparou na lua,a vida sempre continua..."
Isso é visceral, uma rajada de de Isabella contra a parede do mundo mediocre. Olha, isso é pesado, profundo e inesperado. É uma tonelada de chumbo nos ombros do acusador, é a morte rondando os velhos e a faca no pescoço da dor. Adorei. (vc não gosta mais de mim? sinto sua falta)
Grande beijo
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