quinta-feira, dezembro 17, 2009

Para Caio, Para Fernando

Deixe-me morrer com as tuas cinzas

Naufragada no teu cinzeiro da sala.

Após a minha morte eu saberei que fui tua

Pois terei percorrido o teu peito inteiro

Impregnado as tuas narinas com o meu cheiro

E amargado a tua boca com o veneno da minha loucura

Gratuita, derretida e morta após a fissura.

3 comentários:

Unknown disse...

Acredite, esse é um dos teus escritos que mais gostei.
Me comoveu a forma como te transformas, tão fácil e dedicada, no simbolo do teu admirado.
Em minha mente cênica veio a imagem desta simbiose esfumaçada.
Eu gosto qdo vc aplica sensibilidade no que é concreto, qdo sublima o banal.
Parabéns. Sou sua fã nº 1.

Parabéns

diana sandes disse...

gostei do último verso e percebi que adoro a palavra "fissura", rs.

Anônimo disse...

Obrigado por Blog intiresny