quarta-feira, dezembro 05, 2007

5 de Copas

Venha numa nuvem Dindi, suave sutil, me tirar das coisas entre mar e ilha, me levar pra além do real num paraíso onde tu aches que sou merecedora do teu amor...




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quarta-feira, novembro 14, 2007

IDAVILA - 22ª EDIÇÃO - ANO AQUÁRIO




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quinta-feira, novembro 08, 2007

E eles foram apresentados...


SATISFAÇÃO "ID"!!!!! MUITO PRAZER!!!!


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quarta-feira, outubro 31, 2007

Cheque-mate Subjetivo

Para Tati Bezerra e Daniele Costa: tão fatais em seus cheques-mate.
- Não eu não vou condicionar a minha escrita! Não vou. Eu poderia arrebentar com essas correntes do pudor, da moral da puta que pariu. Sim eu poderia, é eu poderia. Eu a via "ascendendo" um cigarro no outro, frenética. Cada vez que abria a boca cuspia palavras que se debatiam no chão numa convulsão grave, gravíssima. Não me assustava porque sabia o exato momento no qual ela tinha de soltar esses bichos grandes mutantes. Era fase de semi-revolta ou revolta embutida nunca sei.
– Mas eu não entendo por que, não entendo por que essa vida em dois corpos. É como se a minha alma apaixonada pelo completo, pelo intelectual egocêntrico, pela cultura que não é pra todo mundo não, tivesse vontade de habitar um outro corpo e habita. Como se quisesse freqüentar teatros, cinemas, shows de rock, baladinhas de absinto, mandrax, sarais de gente underground, conhecer gente vazia que se acha, gente com conteúdo escondido, gente de conteúdo que se acha, gente que se acha vazia, gente estranha, gente sozinha, buscando, buscando, buscando... Controlava-se ao máximo para não parecer louca e neste momento se sentia falsa em ser a mesma e várias e não mostrar a outra alma tão forte que habitava em si onde justamente os seus eus se dividiam e que agora vomitavam por não ter espaço. Mostrava-se para mim porque as nossas coisas sempre foram muito mais além do horizonte da Terra e quanto mais abismos melhor. Gostava dos abismos com ela, dos abismos dela. Gostava. Eram espelhos para mim e eu via junto com ela infinitos caminhos, infinitos mesmos caminhos que já não sabia se era dela para mim ou ao contrário, ou do avesso.

- Sabe meu Rei, esse segundo balde de café é para o meu outro corpo não é para mim. Quem dera fosse assim: Hei - Leis Universais - preciso de um outro corpo nessa vida porque a minha alma se prolifera. Tudo agora precisa ser dobrado porque tenho duas almas, não vê? Uma normal outra que levita e elas não se dão bem no mesmo espaço. Elas se detestam se cospem se agridem se desprezam e eu me pergunto onde, onde meu Rei, eu entro nessa história. Eu tenho mais é que separá-las senão dá briga, senão dá morte e se eu morrer metade nunca terei a chance de ao menos tentar ser completa. E tá tão difícil o ser e o estar com estas duas se batendo se mordendo se matando.
– É amor retraído – disse eu rindo da cara dela de quem caiu do caminhão da mudança, bateu a cabeça no meio fio e agora vaga sem identidade – Na verdade, elas estão loucas para se chupar. Caiu em uma risada insana e muda.
Era branquinha e fina e tremia. De gastrite, de nicotina. Eu ria por dentro, sorria por fora. Era louca assim que eu gostava porque assim crescia. Era essa falante desvairada que adorava: era o olhar de absorção que ela gostava.
E ainda rindo com as mãos nas lágrimas – É parece arena medieval, dois cavaleiros em combate; parece arena medieval e o imperador com o dedão oras para cima oras para baixo definindo morte e vida num gesto sou eu. Mas são almas e almas voltam e disputam o espaço no corpo de outros cavaleiros ou gladiadores em outras situações, em situações avessas sei lá. Em situações onde uma se destaca mais que a outra e tal. Parece jogo de xadrez onde as duas almas não saem do “cheque”. E eu não quero o “cheque-mate”. Não escolho hoje uma a outra. Não posso. Já cheguei até aqui e não posso pedir pra sair da arena senão a população de Roma me mata a pau a pedrada.

Curta o jogo – eu disse. Por mais embaraçoso. Curta o jogo. Saberá equilibrar bem Pequena. Ela balançava a cabeça num leve desespero. Ela balançava a cabeça num capricho infantil. - Eu queria ser o jogo – não disse. Queria ser o jogo principal do teu conflito de almas – não falei.
- Mas você sabe – ela disse – você sabe meu Rei que não vivo sem esses conflitos subjetivos – riu imóvel. Ficamos fixos. Imóveis na mesinha da cozinha pequena.
As coisas depois de muito atrito, depois de muita especulação caem num silêncio que reverbera, que se prolonga... Era o quinto sexto cigarro. Era o terceiro quarto balde de café...
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sexta-feira, outubro 26, 2007

CINEMA PRA DOIS


PARAÍSOS ESCONDIDOS


SINTONIA RADIAL FINA


FAROL DOS TRÊS TEMPOS

VIA DE FAIXA DUPLA

LINGUAGEM DAS ALMAS

DESTINO PARALELO

FIO AZUL

ALQUIMIA SUBLIMINAR

CINEMA PRA DOIS




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quarta-feira, outubro 17, 2007

Canto -ME da décima segunda casa

Me dê o prazer da tua roupa tirada por mim
Me encha de amor no pescoço para que eu saia da margem da tua pele
Me mergulha com a boca cheia entre os teus vãos
Me dê a honra das delícias do teu corpo
Me embriaga com teu gosto
Me esfregue em ti ate que eu derreta entre as tuas pernas
Me beije louca e loucamente me cale e nunca sacie essa vontade de ti






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terça-feira, outubro 16, 2007

Décima Segunda Casa

Eu precisava ter apertado aquele botão do sim pra te salvar, mas ando mais NÃO
Que talvez ou mais tarde
Que logo mais ou para sempre
Que deixa pra lá ou deixa ai
Que nunca ou não sei...
Antes fosse simples dizer o sim depois
Mas ando mais NÃO que talvez...
Ou mais tarde...
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sexta-feira, outubro 05, 2007

...Por falta (Base Cafeinada)




TODO DIA ELA DORME NO DIA SEGUINTE...





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segunda-feira, outubro 01, 2007

Dos Pontos

Presta atenção meu amor: se conseguirmos passar além do ponto de quando chega o ponto onde achamos que não podemos mais passar, chegaremos então ao ponto onde as coisas realmente começam. Esses pontos são infinitas reticências que nos conduzem a todo um mar de interrogações de textos batidos. Você tá prestando atenção amor? Não ri. Não é bobagem e nem estou viajando. Você mesma me disse sobre os pontos e eu fiz você enxergar um outro ponto que fez você ir além de um outro ponto de mãos dadas comigo. Esse ponto que nos fez ir além da arrebentação deste oceano imenso que é a paixão. Sim, fui eu daquela vez. Eu só preciso que você veja que eu estou tentando mudar para que passemos mais uma vez por este ponto além do ponto em que chegamos porque tudo isso é muito maduro e você me faz querer superar todos os pontos que alcancei. Não me faz estas caras de ponto de interrogação com dois de exclamação. Eu sei que você entende e que só sentimos de maneiras diferentes porque talvez você esteja num ponto paralelo ao meu e às vezes acho isso ruim. Às vezes, vou para casa pensando neste maldito ponto em que chegamos que nem avançamos e nem recuamos: distantes demais da praia do-estar-sozinho e passando para o ponto do vamos-tentar-mais-e-mais-uma-vez. Se você ao menos tentasse entender que passo por turbulências tão graves que faz o barco encher de água e você nem sabe mais como me ajudar porque mando você para o inferno e tento sozinho com a canequinha tirar o oceano de dentro... Sei que você entende, mas eu não entendo porque é tão difícil para que eu entenda que você não precisa entender da maneira que eu entendo. Sim, sei que às vezes quero me jogar no mar e boiar dias até chegar à praia novamente sem você para provar pra mim mesmo que não preciso deste barco cheio de rachaduras que eu mesmo faço. Não me jogo porque é arriscado: passamos desse ponto e neste ponto em que estamos boiar no mar só porque não consigo parar de encher o barco destas brechas é suicídio em que o destino cobra metade do teu e do meu coração. Você sabe que vou continuar até que passemos desse ponto onde a Terra se faz quadrada e onde se abre um abismo enorme sem horizontes onde caímos infinitamente até bater no abismo do abismo do céu ou do inferno não sei. Tô te cansando? É eu sei. Mas só quero que você entenda meu amor: tô tentando passar dos pontos paralelos para que cheguemos num ponto em comum. Sei também que temos vários pontos em comum, mas se ascendo um cigarro com impaciência e digo que vou embora e ameaço a me jogar no mar é porque não estou conseguindo tirar a água do barco e o meu grito mudo e as minhas caras de indiferença são para você fechar essas rachaduras imaginarias que faço. Entende que fazemos tudo do avesso? Consegue entender que meus sims são nãos e meus nãos são sims? Consegue entender desta maneira que entendo? Ok, ok não quero mais que você entenda como eu entendo, mas preciso de um sinal, um ponto de entendimento. Você é do avesso que nem eu e não consigo entender os teus avessos porque todos eles estão do avesso dos meus avessos e não conseguimos mais desavessar porque assim vamos nos complicar e nos complicando você fica cansada desses pontos intermediários de acentuação. Sei que você quer um texto quase que infantil porque é simples e doce de ler e eu coloco pontos e mais pontos e mais pontos para complicar você. Entenda: eu não coloco estes pontos porque quero complicar as nossas vidas. Apenas quero separar e organizar a leitura, mas como se encho este nosso texto de tantos pontos que você está cansada só de ver sinal e nada das palavras e nada de ações? Precisamos passar deste ponto, e sei que ultimamente bato nas mesmas teclas. Isto porque ando confuso e ando misturando todas as linguagens e ando sendo uma contradição do inferno. Você está entendendo o ponto em que quero chegar? Se conseguirmos passar além do ponto de quando chega o ponto onde achamos que não podemos mais passar, chegaremos então ao ponto onde as coisas realmente começam. Presta atenção amor...
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quinta-feira, setembro 27, 2007

Café, maçã e jazz

Para Juliana Ciesielski
Era café requentado, maçã em uma mão e meio cigarro mentolado. Billie Holiday chorosa ao fundo, pés no sofá... Mente vazia da noite passada. Uma foda mal dada. Pensava, pensava, e não pensava em nada. Extremamente cansada do nada. Nada que acrescentava em nada. Com os propósitos jogados por algum canto sujo da casa. Esquecidos dentro de tantas outras coisas. Lixo: lixo velho, lixo novo. Ela já havia dito tudo e por longas semanas. Oscilava entre paciência e ódio. Mistura exótica eu sei. Mas era assim que se sentia: definhando com sentimentalidades inúteis. Apegada ao que não rendia mais. Perdida entre tantas sensações desordenadas. Era a casa, era a casa que nunca conseguia arrumar. Não dependia só dela. Não era apenas a sua função. “You’ve changed, you changed” – Billie repetia. Suas estantes, seus livros, seus cds, suas plantas... Tudo tão sufocado, misturado com as coisas da outra e tanta bagunça, tanta coisa junta que durante semanas já tinha virado descaso. Mas ela não era assim. Queria suas coisas no lugar junto com as coisas da outra. Queria tudo certinho. Pensava tanto, tanto e não pensava em nada. Se falava, não era levada em conta. Se brigava era porque implicava com tudo. Se pedia com meiguice era acarinhada, mas não adiantava nada. Tanta coisa pra nada. Tanta coisa amontoada, tanto entulho. Mordia a maça, tragava o cigarro, golava o café. Medos e a coisa certa a se fazer. Era uma coisa entre conformação e reformatação. Era cansaço de murros em ponta de faca. Cansaço. Repetia. Liquidificou as sentimentalidades bem cedo. Acordou antes. E bateu e misturou e dissolveu todos os pensamentos, sensações, intuições, tudo. Embaralhou tudo para agradar a bagunça de sua casa.

A outra não sabia viver um momento de cada vez. Queria viver todos num só. Nunca quis ir até a porra do fundo. Sim, sim era assim que a outra se referia as coisas quando pensadas e organizadas. O raso é melhor, não precisa ficar fazendo esforço para respirar.

Eram as mãos da outra esfregando as olheiras no batente da porta do corredor. Era o sono do agora vamos lá então chegar além do ponto que você quer. Era o medo do que horas são. Ah bagunça não! Me deixa dormir e cala a boca antes de os teus pensamentos vibrem o ar. E não me olha assim porque não vai rolar. Não vou brigar. Tive uma noite ótima. Ri horrores, dei como há muito tempo não dava e gozei linda e bela, então não venha falar pra arrumar nada. Tô com dor de estômago.
Esta achava que tudo que a outra fazia era cobrar. A casa estava um lixo, mas demora mesmo pra arrumar. Isso é normal. O mais importante é viver. Se está bagunçado é o que menos importa.
Ia tomar uma cerveja no bar, rir com as amigas. E a outra lá: toda preocupada em apontar, pressionar o que sabemos que só se resolve com o tempo. Eu sei. Não estou tomando partido. Era assim que eu via as duas.

- Você vai?
- Se você decidir ao contrario...
- Decidir o quê? O que tem para decidir?
Era o sorriso amargo no canto da boca e agora era “I Don't Stand a Ghost of a Chance With you”. Riu da ironia de Billie também.
- Quando você decidir meu amor... Ando cansada. Olha pra esta casa. Essas pontas de cigarro no chão e aqueles produtos de limpeza em cima da mesa desde as compras de quinta-feira... Aqueles pratos de macarrão de domingo passado... Tuas roupas há uma semana no varal... Tuas latas de cerveja na pia com os meus cafés cansados... Teus sapatos por ai... Tuas roupas por lá...
E mentalmente, bem de-va-gar, repetia: cansaço, cansaço, cansaço – Oh God I’m tired...I’m tired...tired...tired...
- Tudo bem eu vou arrumar. Eu arrumo. Você sabe que eu arrumo - disse a outra - Mas...
- Mas agora não, não é verdade – completou calmamente. Agora não, você está cansada, trabalhou a semana inteira, fudeu comigo a noite toda no meio dos lixos desta casa... Tudo bem meu amor...tudo bem...Como você quiser...
- Que você está levando na bolsa?
- Minhas maças, meu pó de café e meus cds de jazz. Vou deixar você arrumar a bagunça quando quiser. Quando se sentir a vontade com as paredes.
- Pra quê? Tá ficando maluca? Olha aqui você não vai sair assim não. Eu trouxe todos os meus móveis pra esta casa, eu sai da minha pra morar com você. Eu tô aqui me acostumando a esta nova vida com você e não é à toa não e você só sabe dizer que esta casa está um inferno. Ficamos bem apenas por quatro dias e de lá pra cá o que você mais faz é me cobrar. Olha pro quadro que comprei. E aquela maldita estátua de vocalista que você tanto queria. Eu sei, ele tá na caixa há dois meses, mas é seu. Eu comprei pra você. Tudo pra te agradar. Tudo pra te ver feliz. Eu te dei a minha vida nesse curto tempo. Eu me apaixonei por você, tínhamos planos... E agora você vai sair assim? Depois de tudo? Você tá ficando louca... Não, você só pode estar ficando louca...
- Não amor, não é loucura... É só cansaço... É só cansaço...
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sábado, setembro 01, 2007

Dia seguinte...


É...ENTÃO...NÃO HÁ AMOR QUE RESISTA A UMA BOA REFLEXÃO...





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segunda-feira, agosto 27, 2007

Levemente Antigo (O sólido de Ana entre as coisas de Mar e Ilha)

Adoro as tuas mãos

e o efeito que as tuas pulseiras e

os teus anéis dão a elas.

Adoro o teu cheiro,

de quando você passa as mãos no cabelo

e me olha falando a Linguagem do Amor.

É pura a Química. É pura Sintonia

transcendendo a Linguagem das Almas

e transformando a Alquimia

em segredo...

Em segredo...





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quarta-feira, agosto 22, 2007

CAUTERIZAÇÃO CARDÍACA - EFEITO DETERGENTE


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domingo, agosto 19, 2007

Entre Mar e Ilha

Já te falei Marilia de como eu sou louca pelos teus pés... Desse teu jeito amante, desse teu cigarro pensativo. Eu já te disse sim Marília para este teus olhos do sim. Esse teu olho que reflete em mim aquela madrugada vadia do teu primeiro sim. Aquele amor no carro com aquelas mpbzinhas! Aquele amor de bossa nova. Já te falei Marília que isso é bossa nova que isso é muito natural... Não ri que assim você me rouba mais. Não, não paro não. Já te falei que não vou parar de repetir o teu nome no final de todas as minhas sentenças Marília...

Esse teu olho profundo! Quem te falou que você é rasa? Já te falei que nem preciso mais dos cilindros e nem dos escafandros: mergulhei de pulmão aberto. Já te falei Marília que nem preciso respirar, pois do alto desse teu amor o ar é rarefeito e azul.
Já te falei Marília que você fica entre as coisas doces e lentas. E ninguém tem carinho assim para dar! Doce, leve e lento. De passar horas assim? Já te falei que passaria o resto dos meus dias entre as tuas pernas Marília...as tuas longas e finas pernas de bailarina! O mais profundo de ti no profundo de mim, é a tua alma que sempre me beija. Essa tua boca é radar dos meus desejos. Não ri, não ri... Que esse amor é sério... não ri, não ri...
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terça-feira, agosto 07, 2007

Nego é o caralho!

Melhor apreciar a leitura ao som de mano "Xis" - "De Esquina" - para parecer uma cena curta de mané mesmo.


- Fala muleke!!!

- E aí Neguinho...vai subí? Vai ter reunião...Só diretoria...

- Tá ligado que não perco...Sobi lá, sobi lá...avisa que tô indo...Tá suave aki...

- Nego, tu é mó filho da puta!!!! Sete um do caralho...Tu pensa que eu sô otária...tu vai se fudê...

- Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii Nego é o caralho falô. E saí andando do baraco que eu tô esperando visita...Vai mulher...Tá esperando o quê? Já falei pá tu que tu passô, que tu já era...

- Nego não faz assim...da tua fama eu já sabia...dos teus esquemas também...Mas poxa Nego foi tão lindo o que...

- Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii - Já falei pá tu que tu passô, que tu já era...E saí saí que tõ esperando visita. Já falei.

- Quem é a vaca da vez? É akela bacaninha do centro? Não é? Hein? Qué sabê...Já que tu não me escuta mermo...vou descabelar com essa tua burguezinha brankela...Tu vai vê Nego...Dexa ela chegá que eu vou...

- Já falei que Nego é o caralho...E caí fora que o Nego aki não tem dona...Sai, sai, sai...já te falei que tô esperando visita


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quinta-feira, agosto 02, 2007

COR DE AÇÃO

...MEU CORAÇÃO É UM JIPE 73 ATOLADO NA BEIRA DE UM GRAND CANYON QUALQUER.

MEU CORAÇÃO É UMA CRIANÇA BERRANDO PELO PEITO DA MÃE


MEU CORAÇÃO É A FOGUEIRA DA SANTA INQUISIÇÃO

MEU CORAÇÃO É UM ALCOÓLATRA NUMA FESTA OPEN BAR

MEU CORAÇÃO É UMA EXECUTIVA BEM SUCEDIDA QUE TIRA UNS EXTRAS FAZENDO STREAP TEASE EM BALADAS GLS

MEU CORAÇÃO É UMA MALUCA LINDA E NUA EM WOODSTOCK

MEU CORAÇÃO É UM OUTDOOR SEQÜENCIADO NA MARGINAL PINHEIROS DE UMA PROPAGANDA DE CAMISINHA

MEU CORAÇÃO É UM LABIRINTO FRUTA-COR AO SOM DE EMERSON LAKE PALMER

MEU CORAÇÃO É UMA GUERREIRA LÉSBICA DE 1,73 M E SEIOS FARTOS QUE LUTA A FAVOR DOS FRACOS E OPRIMIDOS

MEU CORAÇÃO É UM PRESIDIÁRIO NO CORREDOR DA MORTE

MEU CORAÇÃO É O PRÍNCIPE DA BRANCA DE NEVE

MEU CORAÇÃO É O DEMÔNIO DA MINHA ALMA

MEU CORAÇÃO É O CIGARRO DA SOLIDÃO

MEU CORAÇÃO É UMA SANGUESSUGA NA PELE DO AMOR...



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quarta-feira, agosto 01, 2007

Batidinhas de pé

QUE A MINHA SALIVA NÃO EVAPORE DO TEU CORPO...
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segunda-feira, julho 30, 2007

Ana Ana Ana

Fui dos teus olhos que são doces

E me perdi nas coisas efêmeras

Foi a tua boca lenta

O teu ritmo moderado

Não sei

A timidez do teu fogo

As minhas mãos no teu desejo

Foi através da sintonia

Que transcendi a Linguagem das Almas

E descobri a ALQUIMIA.





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quarta-feira, julho 25, 2007

100 Compromisso(s)


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Embriaguez curada

QUERO BEBER DA CORAGEM DO FUNDO DAS ALMAS PARA QUE SE ENCONTRE OS PARAISOS ESCONDIDOS. SONHOS PROFUNDOS E TERCEIRAS INTENÇOES EM MERGULHAR E SE PERDER E SE ACHAR E SE PERMITIR. PORQUE TUDO ISSO É UMA CACHOEIRA DE DESEJO E TOMAR BANHO NELA PODE CUSTAR O PREÇO DE SE REVELAR.
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quinta-feira, maio 17, 2007

Premissa (Pré - Missa - reze)

Aprendemos a amar olhando, sentindo, vivendo. Depois tentando entender e às vezes, compreendendo. Fazendo e adorando: oras lembrando, oras esquecendo. Passamos a rir e a chorar. Às vezes, tentando matar e enterrar; às vezes, tentando desenterrar e reviver. Em alguns momentos doamos, outros recebemos. A maior parte do tempo trocamos. A maior parte do tempo bebemos.
Amar é verbo trânsitivo (trânsita entre nós) e contém todas as ações do sujeito. Aqui, o predicado nunca será prejudiccado e o objeto será sempre, direto ou indiretamente amado. Amar é o dicionário e todos nós uma centelha do Buarque de Holanda.
Aquém e Além.


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sexta-feira, abril 27, 2007

Relação de Piloto Automático Moderado

NADA DE VELOCIDADE: MOTO, CARRO - NADA QUE CAPOTE

CAMINHÃO, AVIÃO - NADA SUPERSÔNICO

APENAS UM BALÃO MÁGICO...








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quarta-feira, abril 18, 2007

FREELANCES

A ZONA FRANCA É O LUGAR ONDE AS PROSTITUTAS SÃO MAIS SINCERAS.
(dito popular)




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segunda-feira, abril 16, 2007

Em meio à tempestade... A saudade volta a ser a minha Casa de Chá...

...ELA CHORA MANSO NO JEITINHO DELA DE CHORAR...E FALA COMIGO SEM EU OUVIR A LINGUAGEM DAS ALMAS E EU FALO COM ELA SEM ELA ME ESCUTAR...






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sábado, abril 14, 2007

Cincos passos para o desamor

A desilusão é katana nas mãos de um samurai fudido: olha aí ele de novo. Relações doentes e viciosas, nada de opostos terapêuticos. O Eros desalinhado sempre volta, arregaça, acaba, escraviza. Trataremos aqui o desamor como desilusão, amor em confusão, em demasia e para diferentes alvos. Por amar demais, deixa-se de amar por estar em uma série de sentimentos embaralhados. Desilude-se. O amor precisa ser focado: é a maneira mais sensata de absorvê-lo diante da diversidade de sensações, sentimentos, pulsões e princípios. Não que este tenha que seguir em uma linha reta, porém torná-lo uma montanha russa pode-se pagar caro.
Contudo, para aqueles que desejam mudar sua rotina assim tão bruscamente, vale a pena conferir:

1. Termine o relacionamento errado: bata as portas, jogue todas as coisas pela janela, grite, diga que não está nem aí, faça as malas e vá procurar outras pra tentar esquecer: é apenas o efeito do álcool baby, espere vomitar;

2. Tenha em mente qualquer coisa que o amor teve que pegar emprestado: insanidade, dor, descaso, traição, karma, decepção e etc.;

3. Finja que esqueceu o ex-laço infernal: engane-se. Tente desesperadamente se apaixonar de novo. Encontre alguém bacana e se iluda, sonhe, esboce um futuro fantástico dentro daquilo que você não teve no antigo e determine tudo de novo que queira: perca-se, embriaga-se, pois ainda nesta terra a intenção não é a ação propriamente dita. O amor é gratuito para aqueles que se entregam ou para aqueles que ainda querem se entregar. O preço pode ser fiado. Pagando com confusões, o desamor agradece;

4. Emende um amor em outro: construa em cima do que não acabou. Paredes tortas, infiltrações. Sinta o antigo em conflito com o novo; sinta a cobrança das reações das ações que realizou. Confunda-se e sofra. Veja o que você não consegue deixar para trás: o vicio do inferno no prazer em sentir dor.
Agora veja o paraíso em sua frente. A chance de reconstruir evitando todos os erros na edificação anterior. Morra de remorso em qualquer hospício de culpa e veja o tudo e o nada que pode ter, que não sabe se quer, que não pode ter mais. As fugas não cabem mais nesse quarto passo: desespere-se;

5. Agora gere mágoas. Metralhadoras de mágoas. Pistolas de ressentimentos. Perpetue o karma. Faça a sua parte na transmissão da maldição. Porque desilusão é maldição. Você já se desiludiu, agora é hora de desiludir alguém. E aí então BEM VINDO AO DESAMOR!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Provavelmente algum dos lados irá cair fora por conhecer este tipo de ciclo e a frustração será só sua e afinalmente você terá algo só seu. Celebre, pois o bom do amor no desamor é a dor.

Geralmente os cincos passos para o desamor acontecem em semanas. Este é um dos métodos quase que infalível. O valor pode ser pago em parcelas cíclicas de desafeto. O diploma é entregue pela solidão e rapidamente poderá lecionar aulas onde grandes desamores serão formados. Para quem ama demais, o desamor é inevitável, então é melhor aprender antes e o mais rápido possível. Só não esqueça de deixar abertos os ciclos, assim os cincos passos para sempre serão dados e o desamor será sempre bem vindo.





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domingo, abril 08, 2007

Provocations

Ariosto Augusto trata em seu livro “A noite do galo doido” de perversas perversões: Ladrões de colarinho branco, bancários promíscuos, mulher dona de casa adultera, homem que não gosta de comer mulher de bunda magra, pois só é bom para homem de pau pequeno.
Zeca Baleiro canta em “Cachorro doido”, o animal que anda a deus dará onde qualquer ganido é bom pretexto e só a noite é que sabe que a vida não tem jeito
Caio Fernando Abreu fala em “Noites de Santa Teresa” a respeito de uma “Geni e o Zepelim” na versão travesti acariciando culhões de estivadores pelo cais e que chora bêbada em alguma esquina, cheirada e malfodida, metade Patrícia metade Luís Carlos, que fuma além da conta, tem umas febres suspeitas, sapinho na boca e acha que não dura muito.
Histórias da calada da noite, mentiras, sexo, amor sem amor, pulsões alucinadas e inconscientes descarregadas em algum vicio, virando alguma psicose. Verdadeiramente a “Vida como ela é”. A promiscuidade é uma busca frenética, uma eterna fuga e desencontro de si mesmo. A parte que se ama e que se odeia gera o que for. Uns droga, outros sexo, outros rock in roll. Se trilharmos esse caminho, perceberemos o lado fodido do amor, a sua forma enlamaçada, pois é justamente esta energia da libido que chamamos de amor é esse Eros perverso e em alguma hora vira Tânatos.
O princípio de prazer leva a uma pulsão de morte nos casos mais extremos. Fugir é se matar. Viver é morrer estando vivo. O conflito insolúvel leva a esses tipos de comportamentos. Num piscar podemos nos ver assim em graus diversos descarregando a alma despudorada, os prazeres ocultos que vencem a moral, a censura e nos tornando personagens de literatura, de música sendo algum animal doido na madrugada perdida da ilusão já desiludida. O retrato é tirado pelos sensitivos que olham os tipos de alma e as deixam na escrita, em cifras como lembrança para os atores e expectadores desse show de horrores e que não importa se com alguma ação parecida salva-se a cidade: Geni sempre será apedrejada.
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sexta-feira, março 30, 2007

Traição


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quarta-feira, março 28, 2007

Em meio à tempestade...

A SAUDADE É A MINHA CASA DE CHÁ.
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sexta-feira, março 16, 2007

Diálogo a um

Eu não sei de qual matriz parte esse mistério que cria mitologias em você.

- Quer dias calmos e ensolarados, verde, rio, praia, mar? Eu trago chuva, muita tempestade, furacões, muito caos pra você crescer.

Caladona (dona de um silêncio fantasmagórico) a eternidade habita em você. E sempre que eu te vejo assim, penso na tal cachoeira...

- Sonhos, medos, terceiras, quartas intenções. Tudo isso é uma cachoeira de desejo e banhar-se nela corre-se o risco de se revelar.

Você me faz pensar. Aquela lá que vive aqui também revive ao teu canto. Se escolho bem as palavras e tomo cuidado com o tom de voz é para não ofender a tua divindade.

- Se eu me jogar nesse abismo de sanidade a qualquer momento crio asas e te levo aos mares da loucura. E vice e versa. Entende?

Quantos milênios passam quando você joga a fumaça quente no ar?

- Eu não sei. Mas essa coisa vaga que vem de lugar nenhum e que te leva para qualquer lugar nunca poderá te enterrar vivo...Entenda de uma vez por todas: é preciso acreditar na fluidez da terra e na solidez da água. São elementos da alma. São todas linguagens...

Talvez seja de vidas. Talvez seja só para amar mesmo. Eu topo o banho de cachoeira...





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sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Luz Incandescente

A MINHA ALMA FOI PASSEAR... FOI A NOVA IGUAÇU A NOVA IORQUE A NOVA DELHI PARA VER SE EM LUGARES NOVOS SE RENOVA EM OUTRAS ALMAS NOVAS...
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segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Os três Eus na sombra

- Você nunca deveria ter ido.
- Mas experimentar outras almas é sempre bom.
- Não quando se degusta o amargo, o “simples demais”, entende?
- É, realmente era tão simples que chegou a embrulhar o estômago.
- Você é sofisticada demais, sua esfinge!
- Sofisticada demais ou não, para que ter pouco se pode ter muito?
- Só quero ver se você perdeu a oportunidade de conhecer de fato aquela alma que você tanto queria. Aquele ser do paraíso! Aquela que só se acha freqüentando os mesmos lugares.
- Mas, valeu a pena pelo o menos em algum momento?
- Definitivamente não. Não valeu a pena. Mas a vida é assim meu amor. Vai se acostumando. A riqueza almática é complicada de se achar hoje em dia. É preciso ter olhos clínicos e sempre atentos.

Relatório infernal eram aquelas três de mim na luz da rua. Mas merecia a bronca. Tarde, era mais ou menos tarde porque eu não via a hora de ir embora e me lavar do simples.
- Entenda, não é o simples, mas um ciclo infernal de simples. Sem acrescentar nada. O seco que se acha o mundo. Simplicidade nesse grau acaba virando coisa vampírica, não é mesmo?
- Livre-se disso! Livre-se do karma.
“Deus, livrai-nos dos karmas. Deus, livrai-nos dos karmas. Deus, livrai-nos dos karmas.”
- Eu vi como você estava: sem nem conseguir cercar seu espaço. Agüentando um papo ginasial e se camuflando entre o jazz, reencarnação, Deus, Diabo e todas aquelas coisas de bagagem.
- Já chegamos a um consenso, já que em alguns segundos, só irá restar você sem luz de rua no corpo. Livre-se das coisas que não acrescentam em nada, assim que ver que dali não sairá mais nada, não prossiga ate esgotar as suas energias. Você está se sentindo até suja! Não se meta em nada que não haja troca. É fundamental. Agora entre e vá inspirar sua alma. Todas nós estamos precisando.

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quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Roupa rasgada

A desilusão é katana nas mãos de um samurai fudido...

Olha ai ele de novo...!









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domingo, fevereiro 11, 2007

Atrás dos olhos

Através das lentes eu levei um choque. Um choque da sua menina dos olhos. Ali eu descobrir quem eu estava em busca de ser. Ali, perto demais de você eu descobri quem eu poderia ser. O choque percorreu as veias que conduzem o amor direto para o coração. Ali, assim pra mim você estava: Em algum ponto entre as coisas perdidas e achadas. – Desculpe. Não quero ser repetitiva. Mas é inevitável quando gente capta tudo que está subentendido.

“Eu não sou/nem sou o outro/sou alguma coisa de intermédio/pilar da ponte de tédio/que vai de mim/para o outro”.
(Mário de Sá Carneiro)




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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Linguagem das Almas

MINHA ALMA AGORA TEM O OLHAR DO AMOR
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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Ao amigo querido, guia meu das letras - VALDIR ALVARENGA

O PASSADO É CINZA.
ASSOPRE-O

O PRESENTE É VIDRO.
PISE COM CUIDADO.

O FUTURO É NUVEM.
CUIDE DO VENTO.



(Poesia deValdir Algarenga - Poeta santista, autor de três livros: Plenilúnio, Pequeno Marginal e Autógrafo. Co-editor da revista literária Mirante além de animador cultural - SUA AMIZADE É COISA RARA!!)
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terça-feira, fevereiro 06, 2007

Could I be your man?

O cheiro de trident que sai da boca dela se mistura com o cheiro de água e sabonete que sai do meu corpo e se enlaça com o cheiro do perfume que sai do corpo dela. E todos eles fazem amor forte e leve com o meu olfato. É a saliva na minha boca. É o gosto do corpo dela. É no gosto do cheiro do corpo dela que eu penso todos os dias Os dias que eu não me atraso um minuto só para sentir o que eu nunca toquei: o aroma. É a fragrância de Afrodite que penetra e embriaga a minha mente o que me remete instantaneamente a delirar no gosto. Não é mais uma mulher, é pura essência. Eu finjo que leio uma literatura qualquer e ela permanece indiferente. Eu bêbado e ela alheia. Sempre tão preocupada com os atrasos, com os papeis, com o telefone, o celular, os e-mails. Me responde um bom dia seco. Alheia que a seque tanto. Um bom final de semana sem se importar se será realmente bom ou não e sem se tocar que poderia ser melhor se ela percebesse os olhares baixos. Se ela soubesse que eu sou o único homem que a sei de cor sem saber uma vírgula do seu ser, todos os seus traços internos e externos somente pelo o amor que o nosso cheiro faz todos os dias por oito horas...ela largaria as burocracias, a indiferença e eu seria o tal perfect guy. Jazz? Um xícara de café? Um bom livro? Teatro? Cinema? Sexo? (Bom negocio!). - Could I be your man? - Yes, please. Ela me responderia como quem diz sim para mais açúcar no café.
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segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Ouvidos da alma

Sim. É aquele som novamente. É aquele barulho antigo do despertador, mas agora com outra hora para levantar. É um som obscuro, com cenas do futuro de um passado que já redigi em algum passado antes desde passado que é o único que lembro. O que os ouvidos da alma captam, suspeito. A alma pode ser um rádio de alta freqüência sintonizando a estação de um tempo que já existiu (ou existirá num futuro que já foi esboçado num passado que chamarei de eterno). Um espaço/tempo que não lembro, que nem sei se existe com o som de outro cuja probabilidade de existência é maior. Entende? Não, não. Não é confusão. Pode ser mentira. Erro de transmissão. Se eu confio? Só quando as imagens entrarem em harmonia com estes sons. Até lá, eu especulo. Não posso deixar de ouvir. Eles me chamam pelo nome. É tudo que sempre quis sem saber que já queria e pedir ao futuro este presente, já não peço mais. Não peço mais nada desde quando esbocei portos onde nunca deveria ter atracado. Não peço mais nada à corrente pra não acabar naufragado de novo. Só sigo as águas novas usando o meu direito de arbítrio. Nada de mapa de salgamita. Nada de rotas imaginárias. Nada de pedir às entidades do tempo para que não me tragam nada de dúbia interpretação e o dito virar maldito, o certo errado. Essas coisas do avesso. Eu só irei fazer o papel de ouvinte. Sem desejos.
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domingo, fevereiro 04, 2007

Bette

O “ativo” precisa satisfazer sua parcela de passividade antes que se sobrecarregue de atividades aleatórias. Pois uma vez sobrecarregado, irá procurar satisfazer seu lado “passivo” de modo a descaracterizar sua verdadeira identidade de “ativo” e se aliará a outro “ativo” para ser seu “personagem passivo provisório”.



(O passivo precisa entender a RELATIVIDADE!)


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sábado, fevereiro 03, 2007

Feito no susto

Para esses textos escritos no susto, até que está razoável. Por mais que eu não goste desses partos demorados, uma cesaria longa, difícil. Gosto mesmo quando o parto é normal. A inspiração vem dá a luz logo e pronto. O resto é só cortar o cordão, limpar direitinho, dar de mamar. Mas nem sempre é assim (será?). Como seria pra Caio, pra Clarice, pra Cecília? Um parto de cócoras? Ali, no meio do nada mesmo. Sem médico, nem marido, sem vizinha, nem parteira? Ou às vezes tinham partos complicados de nunca estar satisfeito com um adjetivo, um nome, um personagem? Feito no susto pode causar surpresa. Talvez com o tempo o forçado vire natural. Como um vício, que no começo não dá barato. Porque é novo, ilícito. Depois que não se é mais bicho, o barato sai barato. E o que era estado alterado, vira rotina.
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sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Marina


Estive pensando em você. Tenho medo de apagar sua voz na secretária. Você aje sempre como se soubesse de tudo! Como se representasse o futuro, como se fosse dona dos três tempos - Rainha dos enigmas. Passei na frente da sua livraria ontem. Um tanto quanto másculo o meu carro - você disse. Mas você não me viu. Eu vi você. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Me sinto como amaldiçoado ou abençoado. A sensação é sempre a mesma do avesso - eu lhe disse. Sempre tão sexy: livro, café e você. Sempre tanto charme: de cabelo presso ou solto. Então por que você não vem conferir? Se só comigo você pode falar a Linguagem das Almas? - você disse. Olhando pra você mal sei dizer... e não digo para não virar maldito. Mas só te olhar, virou vicio. Daqueles fortes. Daqueles de morte. Eu não tenho medo de você. Tenho medo de mim com você. Você se inclina pra trás como se fosse um guia do livre arbítrio. Eu te canto Uns Versos*. Eu te toco. Eu me completo. Você não me viu do outro lado da rua. Mas me sentiu. Como se pudesse me ouvir, você me escutou. Eu parado, no carro, na chuva na confusão. Eu parado. Assim que você se decidir... - você disse.


(* música de Adriana Calcanhotto)


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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Narcisinho

Amar é ser Narciso

Não se engane baby

A gente só ama o que vê refletido.



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quarta-feira, janeiro 31, 2007

Mais que porra!

Uns me chamam de sacana

outros me pedem perdão

Puta ou Santa

Deus ou Diabo

Que extremo de Classificação!

Vou inventar a Internet Fast Conexion com o Além.

Quem sabe assim as respostas possam vir em banda larga.




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terça-feira, janeiro 30, 2007

Você é feia! É feia pra CARALHO!!

SensaScional QUEIMAÇÃO de sábado! Uma homenagem a você: ARAS!!

"É perigosa, é paranóica, é porra-loca e é FEIA PRA CARALHO*" (Fale devagaR) FEIA PRA CARALHO; (Fale um pouquinho mais rápidO) FEIA PRA CARALHO; (Um pouquinho mais rápidO) FEIA PRA CARALHO; (Agora com mais entonaçãO) FEIA PRA CARALHO; (Aumente o ritmO) FEIA PRA CARALHO; (Fale desesperado de tanta feiura) FEIA PRA CARALHO!!!!!!
Agora mais ENGRAÇADO é falando e olhando pra tua cara FEIA PRA CARALHO !!!!!

Inevitável não lembrar de vocÊ e o seu jeito de escravizar almas!






(* Letra de Rogério Skylab - "Você é feia")
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domingo, janeiro 28, 2007

Minemosine

Quem dera tivéssemos em nossa cidade um templo de Minemosine, Deusa da Memória. A dor, o único sentimento que ainda restou daquilo que se amou e se perdeu, seria apagada e a paz restaurada. Minemosine como uma psicóloga mitológica, poderia nos ajudar a desvendar o motivo pelo qual ainda mantemos vivo este sentimento mesmo que ruim, mesmo que torturante. As lembranças são como um corpo na água. Algumas fluem profundamente, fora do alcance. Outras fluem naturalmente sobre a superfície. Para achar a origem do sofrimento seria necessário realizar uma viagem através das lembranças e entregá-las à Deusa da Memória. Quando achássemos as respostas, teríamos de decidir se ainda queremos conservar o nosso passado ou perde-lo para sempre. Conservar o passado seria viver com a verdade, a razão da dor e o porquê que a mantemos viva, a aceitação e todas nossas lembranças; com a perda de toda nossa memória nosso corpo perambularia sem alma, sem história, sem reconhecimento de si mas sem a dor e em uma paz quase que infantil. É o preço cobrado por Minemosine. Entrar no templo da Deusa da Memória seria uma dávida para aqueles que querem beber da coragem do fundo das almas para que se possa encontrar os paraísos escondidos. O preço é alto, porém o reconhecimento da própria verdade é a libertaçao de qualquer sofrimento.
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sábado, janeiro 27, 2007

Folha de Serviço/Oportunidades

Folha de Oportunidades

Precisa-se de amor cúmplice para percorrer os corredores da alma e para tirar a sensação do vazio infernal. Faço o mesmo serviço de volta. Cont.: 91...****

Folha de Serviço

Ofereço-me para percorrer os corredores da alma de amor cumplice para que se tire a sensação do vazio infernal. Preciso do mesmo serviço de volta. Cont.:91...****


(ao som de "Princes Familiar" de Alanis Morissette - Por favor seja estranhamente enigmática. Por favor seja apenas como eu)







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sexta-feira, janeiro 26, 2007

Entre uma estação e outra (um conselho rápido).


Pequena ilustração:

Clara e Clarice eram opostos divinos. Desses opostos terapêuticos em busca do bem estar perfeito. Saíram um dia desses, distraídas, com destinos certos e encontros repentinos. Clara de escuro. Clarice de claro. Era só para tomar um soverte. Para tomar um soverte mesmo. E se esbarram. E se entreolharam. Aquele sorrisinho no canto da boca de oi, aquele oi de teconheçodealgumlugar. A outra dizendo que sim com a cabeça. “Acho que já a vi antes em algum pico desses.” Mas soca esse pensamento no gavetão porque elas são várias por aí. – Mas deixa isso pra lá. Verônica ainda não me ligou.E foi exatamente num desses inferninhos qualquer da cidade (e todo inferninho qualquer da cidade são poucos e não é mais coincidência quando se quer encontrar alguém) que conferiram o acaso.Clara era amiga de Ana que conhecia Clarice por causa da outra Ana Cláudia que era uma ex ficante de Claudia cuja Ana teve um lance rápido. Claudia ex de Rita. Não a Rita do Marco, essa não. A Ritão. Clara não lembrava dela a não ser por Angelina (na qual Clara mantinha um sentimento caprichoso e sabia de Ritão por nome, pois era por quem Angelina arrastava um bonde). Angelina agora era de Deise (que ainda nutria sentimentalidades por Clara) e era por quem Ana se lamentava por ter perdido numa troca de beijos baratos numa baladas. “Ah sim, Ana! A Clarice do rolo com a Paula”.– Não besta. Essa é a Eunice. Clarice é a ex de Carol. Moça séria Clarice! Foi viajar pra Europa, ficou um tempo fora depois que Carol terminou tudo pra ficar com o Fernando. “Nossa, que barra!”. - Pelo o menos foi o que eu ouvi por ai. Não, não. Não é roteiro de “The L Word”. É a mais pura verdade. Isso é uma maldição cretina. Uma briga de cão e gato, de gato e rato de rato atrás de queijo e por aí a fora. Uma grande batata quente de desejo e quem entra na pista tem que dançar. Não pode ficar parado não. É viciante. E quanto mais você quer dançar ao passo da outra, essa quer outra, e uma outra (que você não quer) passa a querer você. Por isso fuja. Corra das pistas infernais. Das saias justas. E quando você encontra todas no mesmo lugar...? E fica fritando lá, queimando com uma série de desejos na contramão dos quereres. A maldição é perdição. A maldição do acumulo é louça suja e seca na pia e para lavar terá que ser a prazo: não dá para pagar todo o preço da balada da queimação de uma só vez. Maldição não saí assim não. Por isso não mude tão rápido de estação só porque não sintonizou direito. Ser freelancer no jogo do amor é perigoso. Só se você quiser viver na “Vida Fodona”*




(*do blog escreve escreve de Cecilia Giannetti).



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quinta-feira, janeiro 25, 2007

Intro - Dirty Sink


Comer é bom. Comer é ótimo! Não importa de que fruta você goste. Chamar uns amigos. Fazer um jantar a dois, a três, a quatro. Se lambuzar, se perder e se achar. Encher a cara e a pia. Usar de todos os utensílios para o prazer. Se satisfizer de tanto gozo e virar de lado na cama.
Essa coisa de satisfação de ego gera bagunça. Encher a pia da festa e do café, do lanche e do jantar, a gente não pensa nela quando faz. Louça suja é conseqüência do gozo e o que importa é gozar! Quem é que vai lavar é o de menos. O importante que “PIA SUJA” está para contar estórias. Porque até as pias sujas contam estórias! Cada pia suja conta um momento celebrado e um um momento vital: saco vazio não pará em pé. Lavar é necessário para que sempre tenha uma bagunça nova porque afinal – lavou ta novo!
Sua pia suja pode ser mais arrumadinha, sem tanta sujeira. Pode ser de louça, de barro, de cristal. Pode ser só de prato, tigela das mais variadas tigelas; pode emendar um escorredor e misturar coisa limpa com coisa não tão limpa; pode ter copo americano, de porcelana ou de requeijão. A estória que ela conta do que ficou e a segunda estória que contará de água e sabão é o motivo pelo qual vivemos. Todos nós sujamos a nossa pia e a lavamos depois como um ciclo de vivência. Se pensar em pia suja com um olhar desfocado, verá que perderá o sentido concreto e ganhará outros. Pia suja deixa de ser pia suja e entra na filosofia: “Oh, larga mão de ser pia suja, meu!”... “Estou na pia suja da minha vida!”..., “Aparece lá em casa. A gente vai fazer uma pia suja”...““É cara, a pia está cada vez mais suja pra você”...” “ Já vou avisar: se tu sujar a minha pia, tu vai ter que lavar...""


"Sintaxe em casa" (O Teatro Mágico)





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